Rio: decretada prisão preventiva de médico conhecido como “Dr. Bumbum”

Denis Furtado é acusado de homicídio qualificado pela morte da bancária Lilian Calixto, vítima de embolia pulmonar

A juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decretou hoje a prisão preventiva do médico Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como Dr. Bumbum. Ele é acusado de homicídio qualificado pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que viajou de Goiânia ao Rio de Janeiro para fazer um preenchimento de glúteos e acabou morrendo, horas depois, no Hospital Barra D’Or, vítima de embolia pulmonar.

Na decisão, a magistrada ressalta a gravidade do caso em que o réu, em conduta profissional, não aparentou ter atenção com a saúde dos clientes. Viviane afirmou que a prisão preventiva é necessária para evitar que outros crimes sejam cometidos e para garantir a instrução criminal. A juíza enfatiza a periculosidade do réu e a possibilidade de continuação da prática criminosa, dizendo que a liberdade dele perturba “a ordem e tranquilidade públicas”, sendo, por isso, “imperioso” o decreto prisional.

Revogada prisão da mãe do médico

A juíza revogou a prisão temporária da médica Maria de Fátima, mãe de Denis, cassada pelo Conselho Regional de Medicina, e determinou que ela, a namorada do médico, Renata Cirne, e a assistente dele, Rosilene Pereira, cumpram medidas cautelares como não frequentar a clínica onde Lilian se operou, não se ausentar do Rio e comparecer mensalmente à vara criminal.

Viviane acrescentou que as medidas cautelares diversas da prisão são necessárias devido à “gravidade das condutas imputadas às rés”, que ajudaram o médico, dando suporte para a realização de procedimentos estéticos “mediante a aplicação de substância química em quantidade acima do recomendado e em local impróprio”, colaborando para o resultado fatal e criando risco à vida de número de pessoas indeterminado.

Denúncia

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou a denúncia contra o médico, a mãe dele, a namorada e uma ajudante pelo crime de homicídio doloso. A morte da bancária Lilian Calixto teve grande repercussão nacional.