Faltando menos de uma hora para o fim do prazo, os três últimos candidatos à Presidência da República registraram, no fim da tarde desta quarta-feira, os pedidos de inscrição de chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, a disputa vai ter mesmo 13 postulantes à sucessão de Michel Temer (MDB), que assumiu o cargo em função do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Preso desde 7 de abril, em função de um processo resultante da operação Lava Jato, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, no registro, ter patrimônio de R$ 7,9 milhões. Dentre os maiores bens do petista, destaque para um plano de previdência de R$ 6,3 milhões, seguido de um terreno de R$ 530 mil, por exemplo. O candidato a vice de Lula, Fernando Haddad deve encabeçar a chapa caso a Justiça Eleitoral considere o ex-presidente inelegível. Ex-prefeito de São Paulo, ele declarou R$ 428,4 mil em bens, entre eles um apartamento e uma casa.
Além de Lula, José Maria Eymael, candidato pela Democracia Cristã (DC), encaminhou o registro informando patrimônio de R$ 6,1 milhões, entre investimentos e imóveis. O vice de Eymael é Helvio Costa (DC), que declarou R$ 4 milhões em quotas ou quinhões de capital.
João Goulart Filho, do Partido Pátria Livre (PPL), declarou ter R$ 8,5 milhões em bens, segundo dados do TSE. O candidato é a vice na chapa é Léo da Silva Alves (PPS), que descreveu ter patrimônio de R$ 2 milhões em bens.
Mais cedo, o TSE havia recebido o registro das candidaturas de Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB). Marina, que concorre ao cargo pela terceira vez, declarou à Justiça Eleitoral R$ 118 mil em bens, sendo a metade do valor referente a uma casa. A candidata vai ter como vice o médico Eduardo Jorge (PV), que declarou ter R$ 320 mil em bens.
Henrique Meirelles, que concorre pelo partido do atual presidente Michel Temer, declarou ao TSE R$ 377 milhões em bens, sendo R$ 283 milhões em ações. Já o vice dele, o ex-governador gaúcho Germano Rigotto (MDB), apresentou declaração de R$ 3,6 milhões em bens.
Outros dez candidatos já haviam entregue documentação no TSE. Além de Marina e Meirelles, oficializaram o registro Álvaro Dias (Pode), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoêdo (Novo), Ciro Gomes (PDT), Cabo Daciolo (Patri), Geraldo Alckmin (PSDB), Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (PSol).