Terminou sem acordo a segunda reunião da tarde entre os manifestantes em greve que invadiram o Paço Municipal, vereadores de oposição, o subcomandante da Guarda Municipal, Rodrigo Meotti, e o comandante do Comando de Policiamento da Capital, coronel Jefferson Jacques. O grupo se mantém na sede da Prefeitura, desde o fim da manhã.
Dezenas de servidores exigem negociação com o prefeito Nelson Marchezan Júnior, que enviou um pacote fiscal à Câmara prevendo, entre outras medidas, ajustes no plano de carreira da categoria. Os grevistas também querem reposição salarial e uma saída para o parcelamento salarial, retomado na folha de julho, e com chance de se estender até o fim do ano.
Foram mais de duas horas de reunião, encerrada perto das 17h45min, mas o impasse persiste. Os servidores dizem que não querem negociar, isoladamente, com a Brigada Militar. Já a Prefeitura não enviou representantes, além do comando da Guarda Municipal. Até o momento, o prefeito Marchezan e o vice, Gustavo Paim, não falaram com os servidores. Em nota, mais cedo, a Prefeitura acusou o ato de “truculento” e “político”. Uma terceira reunião ocorre a partir das 18h30min.
O coronel Jacques assegurou, de outro lado, que a BM não vai usar de força para desocupar o Paço. Os servidores não pretendem deixar o prédio antes de retomar o diálogo com representantes do Executivo.
Devido à invasão, o prefeito solicitou “em caráter de urgência” que a Brigada Militar aja para “deter, identificar (servidores) e desocupar” o local. O secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, aceitou o pedido, mas a intenção inicial é seguir negociando uma desocupação pacífica. Hoje, a greve dos servidores municipais completou oito dias.