A candidata oficializada pelo PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, garantiu, na tarde de hoje, em entrevista para o programa Esfera Pública, que o nome do vice vai ser conhecido apenas no apagar das luzes do prazo estipulado pela legislação. Conforme ela, o anúncio do companheiro de chapa vai significar, simbolicamente, o encerramento das negociações, e o partido pretende levar esse processo até o limite legal. Desse modo, o nome deve ser anunciado neste domingo, dia 5 de agosto, quando encerra o prazo de encaminhamento das chapas.
Manuela teve a candidatura oficializada nessa quarta. Primeira entrevistada pelo Esfera já como postulante, de fato, ao Palácio do Planalto, ela debateu questões recorrentes, como a presença das minorias no cenário político brasileiro e a situação do ex-presidente Lula. Questionada se pode, eventualmente, abrir mão da candidatura para ser lançada a vice de Fernando Haddad (uma das alternativas do PT ao nome de Lula), disse que “o PT precisa primeiro resolver essa questão interna para discutir com os demais candidatos.”
Manuela também disse que quer dialogar com as pessoas que já desistiram da política e que perderam a esperança. “Quem pensa que o Estado é grande não precisa de creche pública, escola pública, saúde pública”, disse Manuela, ao se referir aos candidatos oponentes.
“Eu sigo acreditando que nós temos que ter a consciência da necessidade de vencermos as eleições”, afirmou ainda, acrescentando que dentro da esquerda “as diferenças são muito pequenas diante do cenário arrasador de um governo que fique mais quatro anos apoiando esse sistema”. Disse que existe uma tentativa de uma parte da elite de transformar a candidatura de Alckmin em algo viável, e que outra parte dessa elite se deixou seduzir por Bolsonaro: “parte da elite adere facilmente a quem mantenha o projeto deles”, finalizou.
