A manutenção dos juros básicos da economia em 6,5% ao ano, no menor nível da história, agradou ao setor produtivo. Diversas entidades consideraram acertada a decisão desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mas pediram o aprofundamento de reformas estruturais para que os juros continuem baixos no médio e no longo prazo.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a autoridade monetária não surpreendeu o setor produtivo. A própria confederação prevê que o Banco Central não mexerá na Selic (juros básicos da economia) até o fim do ano, mas pediu que o próximo governo prossiga com o ajuste fiscal que reduza o gasto público para que a redução dos juros seja sustentável e sem impactos na inflação.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) elogiou a decisão do governo. Para a entidade, a atividade econômica ainda se recupera de maneira lenta. A geração de empregos formais mostrou um inesperado saldo negativo em junho e as expectativas de inflação seguem abaixo da meta estabelecida. A Federação também cobrou a retomada de reformas estruturais, para que a produção, o consumo e o investimento possam se recuperar de forma sustentável, com inflação e juros baixos.
A Associação Comercial de São Paulo classificou de correta a manutenção dos juros básicos. Segundo a entidade, o fato de a inflação estar próxima do centro da meta, a fraqueza da atividade econômica e a normalização dos preços após o fim da greve dos caminhoneiros não justificariam uma elevação nos juros básicos.