Aeroviários da TAP-ME devem retornar ao trabalho amanhã, após decisão judicial

Funcionários protestaram na semana passada contra demissões em massa na empresa

A Justiça do Trabalho determinou, na tarde desta terça-feira, que os 10 aeroviários que protestaram, na semana passada, contra as suspensões recebidas ao reclamarem das demissões promovidas pela empresa TAP Manutenção e Engenharia (TAP-ME), sejam reintegrados à equipe, a partir desta quarta. Desde ontem, eles faziam jejum na entrada do saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

Na semana passada, os aeroviários ingressaram na Justiça contra a suspensão. O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, Vinícius Daniel Petry, afirmou que a medida, preparatória a um processo de demissão por justa causa, teve como finalidade retaliar os trabalhadores, que protestaram contra as mais de 300 demissões feitas pela TAP nos últimos meses.

Protesto por demissões é a causa da punição

De setembro até o fim do ano passado, pelo menos 300 pessoas foram desligadas da TAP-ME. A empresa incorporou as funções do antigo setor de manutenção e engenharia da Varig, inclusive agregando funcionários. Também de acordo com os trabalhadores, nos últimos meses, o número de demissões voltou a aumentar, gerando a manifestação que culminou na suspensão do grupo. Com a decisão judicial, eles também garantem o pagamento de salário pelos dias em que não puderam trabalhar.

Acionada, a assessoria de imprensa da TAP-ME informou, em nota, “ter realizado a suspensão de funcionários após a divulgação de notícias inverídicas sobre a companhia”. A empresa esclarece, ainda, que garante o direito à manifestação, mas repudia a propagação de informações falsas que coloquem em risco a imagem dela e dos clientes.