PV decide não ter candidato à Presidência, veta Bolsonaro e recebe convite de Marina

"Marina ofereceu o vice na chapa, mas temos prazo até 5 de agosto para decidir”, disse o presidente do PV, José Luis Pena

Foto: Montagem sobre fotos Reprodução Twitter

A Executiva Nacional do Partido Verde (PV) decidiu neste sábado, durante reunião em Brasília, que não terá candidato à Presidência da República. O partido também não tem ainda uma posição definida sobre o convite feito pela Rede, no sentido de indicar o candidato a vice na chapa que deverá ser encabeçada por Marina Silva.

“Lamentavelmente não tínhamos condições de apresentar uma candidatura [para a Presidência da República]”, disse o presidente nacional do PV, José Luis Pena, ao deixar a reunião. “Resolvemos, portanto, não ter candidato à Presidência. Marina ofereceu o vice na chapa, mas temos prazo até 5 de agosto para decidir”, acrescentou.

Uma deliberação na reunião de hoje possibilitará que, mesmo indicando o vice da chapa, as unidades regionais terão liberdade para apoiar outras candidaturas. Segundo Pena, essa situação se deve à insatisfação do partido com o atual sistema eleitoral, e aos problemas decorrentes do parlamentarismo de coalizão e da forma como o pleito é processado.

Bolsonaro

“As dificuldades foram criadas por esse sistema velho e por essa política viciada. Estamos em discordância completa com o sistema eleitoral posto. Somos contra esse presidencialismo de coalizão e contra o jeito como essas eleições são processadas. Somos parlamentaristas e acreditamos no voto distrital”, argumentou ao informar que a estratégia para as eleições de 2018 é a de tentar eleger o máximo de deputados federais.

“Respeitamos todos os acordos políticos feitos [a nível local]. Estamos na resistência. Para resistir, precisamos honrar os acordos que viabilizam nossa direção, que é eleger deputados federais”, completou.

Essa liberdade dada às unidades regionais tem um limite: “Foi vetado o apoio ao candidato Jair Bolsonaro. Estamos para ele como o vampiro para o alho. Ele representa um retrocesso muito grande, com propostas que são absolutamente incompatíveis com qualquer sonho de futuro”.