O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tomou a primeira medida efetiva para resolver o impasse sobre a administração da FreeWay. Sob a responsabilidade do órgão desde 3 de julho, quando chegou ao fim o contrato da Triunfo Concepa, que atuou na rodovia por 21 anos, os trechos da BR 290 devem ter, pelo menos, uma nova empresa realizando manutenção, conservação e limpeza. O Diário Oficial da União publicou o aviso de licitação ainda nessa quarta-feira, mas 23 dias após a saída da antiga concessionária, período suficiente para que já sejam percebidas mudanças significativas na estrada.
O superintendente regional do Dnit, Allan Magalhães Machado, a expectativa é de que a nova empresa comece a atuar em 30 dias, mas não se trata de uma contratação emergencial. Apesar disso, a vencedora do processo já vai saber que o contrato termina quando uma nova empresa começar os trabalhos na Rodovia de Integração do Sul (RIS). Formado pelas BRs 101, 290, 386 e 448, o trecho deve ser leiloado em 1º de novembro de 2018. A previsão é de que a vencedora opere a partir de fevereiro do próximo ano. “No momento que a próxima assumir, aí esses contratos são encerrados”, disse.
O superintendente esclareceu que a licitação caracteriza uma medida da administração do Departamento. Isso porque o órgão não conta com equipe própria de profissionais para realizar os serviços de manutenção e conservação da rodovia. O processo é dividido em dois lotes: um deles referente ao trecho de Eldorado do Sul e o outro até Osório. Ainda não se sabe se uma ou duas empresas assumirão os serviços.
Machado disse ainda que a medida é distinta da tratativa entre o governo do Estado e o Ministério dos Transportes, para que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) assuma a FreeWay, que ainda ocorre em Brasília. “Nós, enquanto superintendentes, damos andamento no nosso procedimento comum que hoje é garantir a manutenção e e segurança.”
De acordo com a reportagem do Correio do Povo, já é possível perceber modificações no cenário da FreeWay, principalmente no trecho entre Porto Alegre e Gravataí. A principal delas não é exatamente com relação à qualidade da estrada, mas à limpeza. Nitidamente sem receber serviço de recolhimento de resíduos, em diversos pontos da estrada, o lixo se acumula em torno dos recipientes.