A Justiça condenou, nas primeiras horas desta sexta-feira, Igor Rafael Schonberger a 7 anos e 11 meses de prisão por homicídio tentado privilegiado triplamente qualificado. Ele é acusado de atear fogo à ex-companheira, Bárbara Hoelscher – na época dos fatos, com 26 anos. O caso aconteceu em novembro de 2016, quando o suspeito teria envenenado Bárbara e ateado fogo nela em uma residência em Lindolfo Collor, no Vale do Sinos. O réu já possuía histórico de violência doméstica.
O julgamento foi realizado na comarca de Ivoti, teve início às 10h dessa quinta-feira, e foi encerrado após quase 15h de sessão. Os jurados reconheceram o crime de feminicídio tentado privilegiado, pois o réu agiu sob o domínio de violenta emoção, logo após provocação da vítima. Também foram consideradas as qualificadoras do emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme denúncia do MP, o homem teria agredido Bárbara com um jato de inseticida em sua boca. Em seguida, teria jogado água sanitária no seu corpo e ateado fogo. A vítima teve 47% do corpo queimado e já passou por quatro cirurgias. Ela deve enfrentar ainda cerca de 20 procedimentos de reparação e mais alguns estéticos.
Rafael Schonberger, de 24 anos, aguardou o julgamento preso em regime fechado na Cadeira Pública de Porto Alegre. Ele foi detido em fevereiro de 2017, três meses após o crime que chocou a comunidade do Vale do Sinos.
