Cinco das sete vítimas da chacina na zona Norte de Porto Alegre foram identificadas

Polícia Civil ainda não tem informações sobre dois mortos, entre eles, uma mulher grávida de 8 meses

Vítimas foram executadas dentro desta residência no bairro Passo das Pedras. Foto: Fabiano do Amaral/CP

A Polícia Civil identificou cinco das setes vítimas da chacina, que aconteceu na noite dessa quinta-feira, no bairro Passo das Pedras, na zona Norte de Porto Alegre. Os nomes foram divulgados na manhã desta sexta-feira. Contudo, a Polícia ainda não tem informações sobre dois mortos, entre eles, uma mulher grávida de 8 meses.

As vítimas são Adriano Müller Guimarães, 35 anos, Breno Eli Silva de Freitas, 71, Najara Katiane Schumacher Pereira, 30, Douglas Seelig de Fraga, 38, e Jair da Luz de Souza, 49 anos.

Em um primeiro momento, familiares informaram à Brigada Militar que Najara estaria grávida. No entanto, médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atenderam a vítima, negaram a informação. A mulher que estava grávida de oito meses ainda não foi identificada.

As cinco vítimas fatais identificadas têm antecedentes criminais, sendo que duas já tinham sido presas. Segundo a Polícia Civil, Adriano Guimarães, inclusive, já havia sofrido uma tentativa de homicídio em 2012. Uma oitava pessoa que também estava na casa e foi ferida pelos disparos está internada num hospital em estado grave.

Testemunhas relataram à Polícia que havia entre 10 e 12 pessoas na casa no momento da chacina. O veículo utilizado pelo grupo que matou as sete pessoas não foi identificado. A Polícia acredita que entre duas e três pessoas possam ter participado do crime.

O diretor do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegado Paulo Grillo, considera esta uma das maiores chacinas do Rio Grande do Sul desde a criação do Departamento. Ainda segundo Grillo, a investigação vai buscar saber qual a real motivação para as execuções. Todos foram executados com tiro na cabeça.

“A gente sabe que a maioria dos homicídios ocorre devido a disputas entre facções. Elas se criam justamente com o objetivo de empoderamento econômico e, principalmente, em relação às drogas. Então, nesse cenário, tudo é possível e o trabalho de investigação vai se desenvolver nesse sentido. Vamos tentar esclarecer o que aconteceu: se foi uma disputa, se teve uma facção envolvida ou se foi simplesmente uma cobrança de dívida, já que esse local era um ponto de consumo de drogas. É muito cedo para confirmar os motivos. O fato é chocante até mesmo pra nós que temos experiência”, relatou o delegado.

A Polícia pede a colaboração da população para que contribua com informações sobre a chacina. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 0800 64 20 121.