Condenado homem que ateou fogo em recepção de hospital de Lajeado, em abril

Jairo Procópio Oliveira Camargo vai ter de cumprir 4 anos, 2 meses e 20 dias em regime semiaberto, além de pagar multa e ressarcir o Bruno Born em R$ 31 mil

Homem colocou fogo em hospital de Lajeado | Imagem: Reprodução Câmeras de Segurança

O juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, do Foro de Lajeado, condenou um homem de 51 anos que incendiou a recepção do Hospital Bruno Born ao exigir atendimento para o filho, em abril. Jairo Procópio Oliveira Camargo vai ter de cumprir 4 anos, 2 meses e 20 dias em regime semiaberto, além de pagar multa e ressarcir o hospital, em R$ 31,3 mil, em função do prejuízo causado pelo fogo.

O caso ocorreu em 1º de abril. Inconformado com a demora no atendimento para o menino de 4 anos, que é portador de autismo e tinha quadro de febre, Camargo ateou fogo a equipamentos do hospital, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a denúncia do Ministério Público, na tarde do mesmo dia, depois de comparecer duas vezes a um posto de saúde com o filho, o réu procurou o hospital com a companheira, o irmão e a criança. Funcionários disseram à família que o quadro do menino não era de urgência ou emergência. Eles, então, esperaram quatro horas na recepção até voltarem para casa.

Por volta da 20h, Camargo voltou sozinho ao hospital com um facão e disse à atendente do hospital para deixar o local. Ele retirou uma garrafa plástica da mochila, esparramou líquido inflamável sobre o balcão da recepção e, com um isqueiro, ateou fogo.

As chamas foram contidas pelos funcionários do hospital, mas a fumaça obrigou a remoção de pacientes a outras áreas. Testemunhas ouvidas no processo disseram que o homem não relatou que o menino era autista. Já o hospital confirmou que a previsão de espera recomendada à família era até 240 minutos (seis horas). O posto de saúde, porém, assegurou que atendeu e medicou o menino, mais cedo.

O réu já havia sido condenado quatro vezes, por outros crimes, o que também pesou para  a decisão. Além disso, o juiz lembrou que o local permanece, até hoje, interditado.