Servidores da Capital interrompem greve com início do recesso parlamentar

Categoria volta a se reunir em assembleia em 26 de julho

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) confirmou o fim a greve da categoria em assembleia geral ocorrida na Casa do Gaúcho, na tarde de hoje. Aproximadamente mil servidores participaram do encontro. A maioria concordou com o fim da paralisação, que coincide com o início do recesso parlamentar na Câmara, o que adiou a votação de projetos que o funcionalismo contesta.

Embora a maior parte dos servidores tenha aderido ao movimento entre ontem e hoje, o Simpa vai buscar o reconhecimento da legalidade da greve desde a quinta-feira passada, quando centenas de trabalhadores faltaram ao trabalho para pressionar a Câmara a rejeitar um dos textos, que previa alterações no plano de carreira. O resultado, de 22 votos contra e seis a favor, surpreendeu o governo, que previa cortar custos com benefícios, abonos e gratificações. O argumento de que esses cortes só atingiam futuros servidores não convenceu os vereadores, que começaram ontem a analisar o texto que cria uma previdência complementar para servidores com salário maior, a fim de desafogar o caixa.

De acordo com o Simpa, a greve fica suspensa até o dia 26, quando os trabalhadores fazem mais uma assembleia.

Em contrapartida, trabalhadores ligados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) fazem 24 horas de paralisação, nesta quarta-feira, em todos postos de saúde da Capital. Devem aderir ao movimento agentes comunitários, técnicos de enfermagem, enfermeiros e outros trabalhadores de nível médio e técnico.

O motivo da parada – que pode ser seguida por uma greve geral, a partir da semana que vem – é a falta de reajuste salarial, que persiste há três anos. Já os médicos vinculados ao Instituto fazem uma assembleia, na noite de hoje, no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), para definir se aderem ou não à paralisação.