Falta de quórum adia votação na Câmara de Vereadores para a tarde

Casa irá retomar sessão para apreciar projetos do prefeito Nelson Marchezan

Falta de quórum adia votação na Câmara de Vereadores para a tarde. Foto: Guilherme Kepler

A falta de quórum provocou o adiamento da sessão extraordinária na Câmara de Vereadores prevista para as 10h desta sexta-feira. O novo período para a apreciação e votação dos projetos restantes do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, ocorrerá às 14h de hoje. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, Valter Nagelstein.

“Convoquei a sessão, este é o meu compromisso, que a casa vote. A casa tem que votar, tem que enfrentar os temas, foi assim anteontem, foi assim nessa quinta-feira”, disse em entrevista à Rádio Guaíba. “Compreendo que hoje tenha havido um alinhamento, para que as bancadas possam se ‘consertar’ em algumas questões. Precisávamos de 19 vereadores para dar continuidade aos trabalhos, mas os que vieram optaram por não registrar presença. Eu insisto em realizar a votação e por isso convoquei a nova sessão para as 14h desta sexta-feira”, explicou Nagelstein.

À tarde, os vereadores devem retomar a votação e entre os projetos que devem ser apreciados estão o do Regime Previdenciário e o da planta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Derrota para Marchezan

A sessão realizada nessa quinta-feira foi marcada pela derrota do prefeito Nelson Marchezan. O Projeto de Lei Complementar, encaminhado pela administração municipal, que alterava o estatuto dos servidores públicos da cidade foi rejeitado por 22 votos a 6. A votação surpreendeu o executivo, que esperava que o PL voltasse à pauta hoje.

A rejeição ao projeto que previa mudanças no estatuto dos funcionários municipais — como regras sobre avanços, adicionais, incorporação de gratificações e regimes especiais de trabalho — surpreendeu secretários e lideranças da base aliada que acompanharam a votação no plenário da Câmara de Vereadores. Líder do governo, Moisés Barboza (PSDB) atribuiu a derrota ao período eleitoral. “Infelizmente o que a gente viu aqui é um sindicato que tem nos seus diretores representantes militantes de partidos de oposição. Eles contaminaram a pauta. E é um ano eleitoral. A gente perdeu”, explicou.