Manifestantes enfrentam frio para apoiar e contestar habeas corpus de Lula

Grupos se dividiram em frente ao TRF4 ao longo da tarde e início da noite

Grupos se dividiram em frente ao TRF4 ao longo da tarde e início da noite | Foto: Mauro Schaefer

Desde o início da tarde deste domingo, quando o desembargador federal Rogério Favreto mandou soltar o ex-presidente Lula, um grupo de porto alegrenses contrários a decisão começou a se reunir no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Logo, os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), sindicatos, associações e também representantes de diversas comunidades também se mobilizaram para defender a soltura. Com caixas de som, cerca de 250 pessoas se juntaram para exigir que Lula fosse libertado.

A Brigada Militar, através do Batalhão de Operações Especiais (BOE) e da cavalaria, montou um isolamento em frente ao Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) para garantir a segurança. Nem o forte vento e o frio no local, que fica nas proximidades do Lago Guaíba, e a leve garoa que caiu espantaram os grupos.

Até as 20h, não ocorreram confrontos, sob a forte vigilância policial. Houve muitas vaias e indignação do lado favorável à soltura quando divulgada a decisão do presidente do TRF4, Thompson Flores, de suspender a determonação de Favreto. Ele havia acolhido pedido de três deputados do PT, no fim da manhã de domingo, Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), suspendendo a execução provisória da pena até que a condenação em segundo grau contra o ex-presidente transite em julgado.