Após novo furto a escola, delegado aconselha segurança 24h e câmeras de monitoramento

Felipe de Oliveira, da rede estadual, sofreu três ataques em um mês. Estabelecimento fica ao lado do Ginásio, desativado, da Brigada Militar, no bairro Santa Cecília

Após o terceiro furto em um mês, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Felipe de Oliveira, no bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, volta a ficar sem prazo para normalizar o ano letivo. Hoje, o delegado que tenta esclarecer a autoria dos crimes aconselhou, em entrevista à Rádio Guaíba, que sejam implantados no estabelecimento um segurança 24h e câmeras de monitoramento. Ajaribe Rocha Pinto, da 10º DP, salientou, ainda, que ainda não há pistas que levem aos assaltantes.

No último furto, os criminosos levaram os cabos da rede elétrica que haviam sido recém repostos pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Conforme o delegado, o fato de a escola ainda estar às escuras facilita para que os criminosos atuem no local. O policial, que não quis gravar as declarações, também sugeriu reforço no policiamento externo.

De acordo com a Pasta, o ataque ocorreu após o fim do expediente da empresa de segurança privada contratada para atuar escola entre 19h e 7h. Todo o serviço elétrico da instituição já havia sido instalado, faltando apenas a ligação por parte da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

A situação segue sendo prioridade para a Seduc, embora não haja um prazo para a compra e reposição do material. Até lá, os estudantes seguirão tendo aulas em turno reduzido. O estabelecimento atende cerca de 350 alunos, a maioria deles do Instituto de Educação General Flores da Cunha, cuja reforma ainda espera retomada, no bairro Bom Fim.

Furtos anteriores

No início de junho, criminosos arrancaram o quadro da rede de energia. Para entrar, eles pularam o muro do estabelecimento no limite com o terreno do Ginásio da Brigada Militar, desativado e sem alarme.

Dias depois do primeiro assalto, foram furtados um televisor de 50 polegadas e caixas de som. Janelas foram danificadas, salas reviradas e até o hidrômetro do pátio retirado, provocando vazamento de água. Um forno micro-ondas só não foi levado porque não passou pela janela basculante. Câmeras de monitoramento e o porteiro eletrônico já haviam sido furtados antes.