Sem negociação após reunião, funcionários seguem em greve no Hospital de Osório

Servidores exigem pagamento de 13º salário, que está em atraso, em duas parcelas

Imagem: Divulgação Sindisaúde/RS

Sem sucesso, funcionários e direção do Hospital Beneficente São Vicente de Paulo, de Osório, no litoral Norte, tentaram na tarde de hoje um acordo sobre a greve que ocorre na instituição desde quinta-feira passada. Conforme o diretor interventor Márcio Rolim de Araújo, os trabalhadores não aceitaram a proposta de parcelar em seis vezes o pagamento do 13º.

A paralisação, que teve origem em atrasos salariais, tanto de 13º quanto de FGTS, passou em assembleia e, conforme nota divulgada pelo Sindisaúde/RS, os funcionários admitem receber o pagamento parcelado, mas em apenas duas vezes. A direção reiterou que essa possibilidade é inviável, já que há pendências de dois incentivos, de R$ 258 mil cada, pagos pelo governo estadual, o que representa 50% da folha de pagamento.

A direção informou que, durante a reunião, entregou uma ata apontando que, dos 310 funcionários da instituição, 41 haviam paralisando as atividades. Para Márcio, essa iniciativa prejudica o trabalho dos outros trabalhadores que seguem atuando.

Já o Sindisaúde conta com o apoio de quem depende da instituição. “Esperamos que a população do município nos apoie e sinta o impacto de um hospital quebrado”, declarou o vice-presidente Julio Appel.

Médicos também podem paralisar 

Já os médicos do São Vicente de Paulo decidem amanhã, durante assembleia, o futuro dos atendimentos na instituição. Com atrasos em honorários referentes a 2016 e mais de três meses de 2018, além da notificação sobre a redução no valor-hora, o corpo clínico pode paralisar ou restringir os serviços na casa de saúde, considerada referência para a região litorãnea.