Em greve, servidores de Porto Alegre fazem atos em frente à Prefeitura e à Câmara de Vereadores

Categoria quer dialogar sobre dez dos 16 projetos do Executivo que chegaram ao Legislativo em regime de urgência

Foto: Guilherme Almeida/CP

Com a previsão de início de votação dos projetos de lei colocados em regime de urgência pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior na Câmara de Vereadores, os servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) entraram em greve nesta segunda-feira. A categoria se concentrou no Paço Municipal até por volta de meio-dia, quando se deslocou em caminhada pelas ruas do Centro Histórico até o Legislativo municipal, onde deram continuidade ao ato com o objetivo de dialogar com parlamentares sobre dez dos 16 projetos do Executivo que, conforme a categoria, impõem retirada de direitos dos trabalhadores.

O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, admite que ainda não há previsão de que os textos que envolvem o funcionalismo sejam votados ainda nesta semana. “Mas estamos alerta. Estar em frente a Prefeitura é um sinal da categoria dizendo, não só para os vereadores, mas também para o prefeito, que nós não aceitaremos a retirada de direitos históricos e que sonos nós que fazemos a política de Porto Alegre na área da Saúde, da Educação e da Assistência Social. Nós atendemos a população, não o prefeito. E não aceitamos que ele nos trate como inimigos da cidade atacando direitos históricos”, ressaltou.

De acordo com Terres, os projetos que foram encaminhados por Marchezan reduzem em até 50% o salário de servidores. Ainda segundo ele, não houve diálogo por parte do prefeito com a categoria. “O fato de não dialogar e, desde o primeiro ano, colocar esses projetos e achatar o salário é ter os servidores como inimigos. Não é a melhor forma de gestão”, comentou o diretor do Simpa.