Porto Alegre: casos de sífilis congênita crescem quase seis vezes em uma década

Em relação à sífilis adquirida, índice caiu no ano passado, mas Secretaria adverte para subnotificação

Teste rápido pode identificar sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis. Foto: Cesar Lopes/ PMPA

A cada mil recém-nascidos em Porto Alegre, 32 são portadores de sífilis congênita, transmitida no útero. É o que mostra um levantamento da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde da Capital. Com relação à sífilis adquirida, os índices são de 120 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2016, o Rio Grande do Sul teve 93,7 casos de sífilis a cada 100 mil.

Na Capital, os casos de sífilis congênita, acompanhados desde 1995, cresceram a partir de 2007. Foram 107 casos naquele ano, chegando a 585 em 2015 e a 596 em 2017. Com isso, o total aumentou quase seis vezes em uma década.

Já o acompanhamento de dados da sífilis adquirida começou em 2011. No ano de 2013, foram 910 casos, número que em 2015 subiu para 2.497. Em 2017, foram 1.438. A Pasta adverte que, apesar da redução do ano passado, a subnotificação pode representar que o número real de casos pode ser muito maior.

Proteção

A forma mais segura de se proteger da transmissão da sífilis é usar camisinha na relação sexual. Também é possível contrair a doença no compartilhamento de agulhas ou seringas ou da mãe infectada para o bebê, durante a gravidez ou no parto.

A doença é transmitida por uma bactéria. Com três fases de desenvolvimento, ela pode, inclusive, não apresentar sintomas. Se não for tratada, a sífilis pode comprometer vários órgãos, como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.

Em caso de dúvida, a orientação é procurar uma das 140 unidades de saúde da cidade para buscar orientações e fazer a testagem, feita de graça. Caso o resultado seja positivo, a pessoa já sai com o tratamento na hora.