Em assembleia realizada nesta terça-feira, servidores filiados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre decidiram, por unanimidade, entrar em greve a partir de segunda-feira, dia 18. Conforme a diretora-geral do Simpa, Luciane Pereira da Silva, a decisão foi tomada “em função dos constantes ataques do governo Marchezan à categoria municipária”. Luciane disse que projetos de lei em tramitação na Câmara de Vereadores em regime de urgência ferem direitos conquistados, além de atacar a carreira dos servidores. “Além disso, a prefeitura nos informou hoje que não vai conceder a reposição da inflação, que é direito dos trabalhadores”, completou.
O prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) encaminhou um pacote solicitando a urgência em 16 textos, para que sejam discutidos em até, no máximo, um mês e meio. Entre eles, o que muda a data de pagamento de salários e do 13º. Para o Simpa, o regime de urgências das matérias impede diálogo e o debate com a população. “O prefeito nunca chamou o Sindicato dos Municipários para discutir qualquer questão. É um governo que não dialoga. É um arbítrio colocar tantos projetos pra correr em toque de caixa”, defendeu a diretora-geral.
Luciane informou que os municipários estarão na Câmara de Vereadores no dia 14, à tarde, apresentando um levantamento sobre as finanças da Prefeitura, feito com o auxílio do Dieese. “A gente quer demonstrar para os vereadores que a Prefeitura tem condições, sim, de investir no serviço publico, de conceber a reposição salarial dos servidores”, disse.
Procurada, a assessoria informou que a Prefeitura de Porto Alegre não vai se manifestar sobre a deflagração da greve nesta terça.