A alta do dólar, que chegou R$ 4,06 nas casas de câmbio nessa terça-feira, não deve afetar as viagens de turismo no período das férias de julho, é o que aponta a Associação Brasileira de Agências de Viagens no Rio Grande do Sul (ABAV-RS). O motivo, segundo a vice-presidente de Relações Institucionais da Associação, Rita Vasconcelos, é que o turista costuma se programar com antecedência para as viagens internacionais, estando com as despesas pagas no momento do embarque.
“Cada vez mais o passageiro antecipa a compra da viagem. Muitas pessoas que planejaram as viagens para julho compraram em maio e abril e não pegaram a alta da moeda”, aponta Rita.
Dessa forma, o viajante só terá as despesas elevadas com o que for usufruir no próprio passeio. Mas, de acordo com a vice-presidente, muitos também já compraram a moeda.
“O que atrapalha algumas pessoas é deixar para a última hora. Os que recém estão escolhendo o destino sabem que vão pagar mais caro. As férias de julho são duas semanas no Brasil todo, então fica um funil e os preços sobem”, esclarece.
Rita aconselha a fazer um comparativo do que custa uma viagem ao exterior e ao Nordeste do País, por exemplo. “Quem gosta de frio busca destinos com neve, como Bariloche, Ushuaia e outros países vizinhos. Mas muita gente foge e vai para os destinos mais quentes aqui no Brasil”, comenta.
A Copa do Mundo mudou o panorama dos viajantes que buscariam a Europa. De acordo com a vice-presidente, algumas pessoas acreditam que, em função do evento ser na Rússia, a média de preços vai subir e os países europeus estarão muito movimentados. “Também tem aquelas pessoas que são fãs de futebol e preferem ficar em casa em frente à televisão, deixando de viajar no período”.
Só será possível estimar a quantia movimentada pelos turistas quando retornarem das viagens.