Paralisação de caminhoneiros acabou, garante Padilha

Ministro disse ter ouvido de representante de entidades de caminhoneiros que os trabalhadores querem retomar as atividades e existem “infiltrados” impondo dificuldades

Os ministros da Secretaria de Governo, Carlos Marun, da Casa Civil, Eliseu Padilha e da Fazenda, Eduardo Guardia, falam sobre acordo celebrado com representantes do movimento dos caminhoneiros.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje que representantes das entidades de caminhoneiros que negociaram com o Palácio do Planalto dizem que a paralisação, por parte deles, acabou. Segundo Padilha, existem agora predominantemente manifestações de cunho político envolvendo “populares”.

“Estamos tendo hoje manifestações que envolvem populares, outras pessoas que não caminhoneiros, em alguns casos caminhoneiros, e que o cunho da manifestação já extravasa as revindicações dos caminhoneiros e ganha corpo de manifestações políticas”, disse Padilha, ao destacar que o governo segue em diálogo com a categoria: “Temos que tratar e estamos tratando desse assunto de forma a não prejudicar os caminhoneiros que estão retornando ao trabalho”.

Padilha disse ter ouvido de representante de entidades de caminhoneiros que os trabalhadores querem retomar as atividades e existem “infiltrados” impondo dificuldades. Segundo Padilha, não há mais bloqueio de estradas, existem concentrações de caminhoneiros e quando o comboio passa, elas se dissolvem.

Segundo o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, 1.129 carretas estão sendo escoltadas pela Polícia Rodoviária Federal nas estradas do país – “o dobro da carga que foi escoltada e transportada no dia de ontem”.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que “quem está agindo fora da lei precisa sofrer os rigores da lei”.

“Dobrou o abastecimento”, garante governo

O governo federal também informou que, de ontem para hoje, o gabinete que monitora no Palácio do Planalto a paralisação dos caminhoneiros constatou que “dobrou o abastecimento” de gêneros essenciais, como combustíveis, alimentos, medicamentos e ração para animais, distribuídos, sob escolta. A informação foi passada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Já Etchegoyen, afirmou que hoje “o problema é muito menos os caminhoneiros e mais a ação de oportunistas” que querem impedir o fim da paralisação. Por causa disso, manifestantes foram presos no Maranhão, informou o general.