Greve vai encarecer suínos e aves em 30%, adverte Associação

Com as exportações suspensas, cerca de 135 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser embarcadas desde o início da paralisação

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) confirmou hoje que os bloqueios que impedem a circulação de animais vivos, rações e produtos de frigorífico persistem, pelo nono dia. De acordo com a entidade, para retomar a normalidade, os produtores terão de cobrar preços 30% acima do que vinham praticando.

A ABPA garante que seguem os registros de mortes de aves decorrentes do impedimento do transporte. Ao mesmo tempo, conforme a entidade, determinados grupos vêm se tornando mais agressivos, como o que queimou dois caminhões de ração na BR 101, perto da entrada do município de Muritiba, na Bahia.

A consequência direta da manutenção dos piquetes, de acordo com a associação, é a perda do poder de compra do consumidor. Com menor oferta de produtos, mas com a mesma carga tributária, mesmo custo operacional e a possível alta nos insumos para a produção industrial, fica mais caro produzir, explica o setor.

As 167 unidades frigoríficas que informaram paralisação seguiram inoperantes durante esta terça. Parte delas só deve retomar gradativamente a produção a partir de amanhã.

Com as exportações suspensas, cerca de 135 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser embarcadas desde o início da greve.