A paralisação dos caminhoneiros, que entrou hoje no oitavo dia, gerou perda de cerca de R$ 1,6 bilhão à indústria de transformação no Rio Grande do Sul, até o momento. A estimativa é da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). “Todos os ramos da indústria foram atingidos, alguns com perdas mais profundas do que outros, mas convém destacar que nesse levantamento não está incluído o custo que muitas indústrias terão para a retomada das suas atividades”, enfatizou o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. De acordo com ele, um levantamento preciso das perdas só vai ser possível nos próximos meses.
Os segmentos de bens perecíveis (alimentos, bebidas, laticínios) sofreram impactos maiores. Para esses, a paralisação não representa apenas a interrupção da produção, mas a perda de grande parte dos insumos e bens produzidos ao longo das últimas semanas.
Nas empresas que conseguem armazenar os produtos congelados, o custo com energia elétrica tende a corroer a margem de lucro. Já os segmentos de abate de aves, suínos e bovinos não conseguiram escoar a produção.
Nas fábricas de veículos automotores e de máquinas e equipamentos, a parada decorre da falta de matéria-prima e componentes. Também é afetada a indústria química e de refino, com dificuldade para obter insumos e escoar a produção.
Para as indústrias exportadoras, as perdas vão além da redução de faturamento e envolvem, ainda, as multas pelo atraso na entrega.