Falta de gasolina afeta todos os postos do RS, revela Sulpetro

Mesmo se houver algum desfecho positivo, sindicato estima que reservas só sejam normalizadas em uma semana

Ao menos 19 cidades estão sem combustível nesta quinta. Foto: Mauren Xavier / Especial / CP

Dos 2,8 mil postos de combustíveis do Rio Grande do Sul, pelo menos 80% já esgotaram os estoques em função da greve dos caminhoneiros, que entrou no quarto dia. Desde segunda-feira, trabalhadores de Norte a Sul do Brasil suspenderam os fretes em protesto pelo custo do diesel.

Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, a falta de gasolina já é registrada em todos os postos gaúchos.

“A estimativa é de que 80% dos postos estejam com graves problemas. Algumas unidades ainda podem ter um pouco de etanol ou diesel, agora, a gasolina é problema em todos os postos. Não recebemos estoques desde segunda, houve aumento do consumo e amanhã a situação será seríssima. Em Porto Alegre, a maioria dos postos já não têm mais nada”, reiterou.

Para Dal’Aqua, a paralisação da categoria está levando o País à beira de um caos. Apenas um desfecho positivo entre as partes, nesta quinta-feira, pode trazer um novo fôlego.

O presidente do Sulpetro revela, ainda, que caminhões, escoltados, estão tendo acesso às cargas represadas para repassar o combustível a viaturas policiais, dos bombeiros e ambulâncias, por exemplo.

O fornecimento de combustível depende da liberação da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Na unidade, situada em Canoas, as distribuidoras adquirem gasolina e diesel. Depois, insumos como álcool anidro e biodiesel são misturados, respectivamente.

Em função do cenário, João Carlos Dal’Aqua adverte que os insumos necessários também estão retidos em função da greve. Mesmo se houver algum desfecho positivo, o Sulpetro estima que as reservas só sejam normalizadas em uma semana.