Corsan admite risco de desabastecimento no interior por falta de produtos purificadores

Greve dos caminhoneiros dificulta chegada de matérias-primas, sobretudo às regiões Sul e Central

Protesto na quarta-feira na BR 290, em Eldorado do Sul | Foto: Guilherme Testa/CP

A Corsan emitiu nota, na tarde desta quinta-feira, referente à dificuldade de alguns produtos usados na purificação da água chegarem a determinadas cidades do Rio Grande do Sul. Conforme o texto, as regiões Sul e Centro devem ser as mais afetadas, caso a greve dos caminhoneiros persista. Não está descartado o comprometimento no abastecimento em algumas cidades nos próximos dias, ainda que a Companhia não fale em prazos ou racionamento imediato.

A empresa detalhou que o problema consiste na interrupção do fornecimento de bauxita e ácido sulfúrico, além de cloro. Usualmente, o transporte desses produtos até as unidades de tratamento é feito através da malha rodoviária, processo interrompido pela paralisação dos transportadores de carga. A unidade central de distribuição dessas matérias-primas fica em Nova Santa Rita, na região Metropolitana, dificultando a chegada em municípios mais distantes.

A Corsan garantiu que já contatou a Secretaria de Segurança do Estado e a Polícia Rodoviária Estadual e Federal para viabilizar o deslocamento mediante escolta, alertando que o problema “só não é maior” porque há estoque desses produtos.

Acionado, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Porto Alegre afirmou que não há problemas nesse sentido na Capital.