A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) confirmou que alguns estabelecimentos no Rio Grande do Sul já sentem os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, com a falta de alimentos perecíveis. De acordo com a entidade, há falta de carnes e frios por exemplo, que não podem ser estocados pelo prazo curto de durabilidade. Também há falta de estoques de frutas e verduras em algumas lojas, pelo mesmo motivo. Já a reposição de pães é afetada devido à falta de gás para assar a massa.
O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, salienta, entretanto, que os supermercados possuem um estoque médio de segurança de 15 dias nos produtos não perecíveis, como massas, biscoitos, grãos, leite, açúcar, bebidas, farináceos, matinais, condimentos, doces e bombonière, higiene e beleza, limpeza, bazar e não-alimentos em geral.
Em um grupo de redes sociais organizado pela Associação dos Supermercados, alguns relatos expõem a situação em algumas cidades do Rio Grande do Sul. Um dos empresários com estabelecimento na Capital fala que ainda há estoque para atender o fim de semana. “Ovo é um item que podemos observar, pois vai faltar, sendo que é muito pedido”, salienta.
Em Itaara, na região Central, o proprietário também ressalta que o problema está no frigorífico, que não recebe carnes há quatro dias. “Se continuar assim, vamos ficar sem carne no fim de semana”. Em Eldorado do Sul, na região Metropolitana, um supermercado cancelou a ação “Quinta da Carne” devido à falta de cortes de segunda.