O Hospital Vila Nova, na zona Sul de Porto Alegre, inaugurou nesta terça-feira 33 novos leitos de retaguarda à rede de urgência do Sistema Único de Saúde (SUS). A entrega já é a terceira feita pela Prefeitura no local, pois, no ano passado, 33 espaços também de longa duração já haviam sido lançados e outros 33 de atendimento geral foram qualificados para terem essa característica. Com esses 99 espaços, a instituição chega 110 nesses moldes em um total de 422 leitos.
A expectativa por parte da Associação Hospitalar Vila Nova é de que, até o final do próximo ano, outros 200 espaços ainda sejam abertos. A inauguração foi comemorada pelo Executivo como parte de uma superação de um processo de fechamento de leitos que ocorreu em Porto Alegre nos últimos anos. De acordo com o prefeito Nelson Marchezan Júnior, a Capital deve ter revertido a situação entre a metade e o final deste ano. “A gente tem certeza que, no Hospital Vila Nova, está colocando dinheiro público e que ele está retornando em benefício da sociedade”, afirmou.
O secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, comentou que a abertura de novos leitos, iniciada no ano passado, deve ultrapassar 400 inaugurações. Segundo ele, todos os espaços podem ser concluídos entre o final deste ano e início de 2019, já que, em alguns deles, que têm edital aberto, o prestador do serviço que vencer o processo tem um tempo previsto para se organizar e começar a operá-lo em uma nova área física. “É uma reversão do fechamento de leitos que acontece na cidade em todos os últimos anos”, comentou o secretário.
Harzheim ainda citou como exemplo que, em 2005, havia 550 leitos de saúde mental na Capital e, no início da atual gestão, eram apenas 267. Sem contabilizar os leitos qualificados – conforme o secretário, eles não configuram uma nova abertura de camas, mas nova uma tipificação do serviço com mais recursos federais -, a Prefeitura já inaugurou 91 leitos. Além dos 66 do Hospital Vila Nova, foram abertos 25 de saúde mental no Hospital São Pedro.
Ao final do processo de lançamentos, a Capital deve contar com 412 novos espaços. São 49 previstos no Hospital Restinga e Extremo Sul, que tiveram edital de chamamento aberto nesta terça-feira; 204 no Hospital Santa Ana, 30 deles para saúde mental com abertura prevista para julho e o restante para setembro; e outros 68 para sete novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
