Manifestação de caminhoneiros chega ao segundo dia nesta terça-feira no RS

Protestos são pacíficos

Foto: Alina Souza/CP

A manhã desta terça-feira segue registrando manifestações de caminhoneiros nas rodovias do Rio Grande do Sul. Protestando contra o aumento do diesel por parte da Petrobras, os trabalhadores bloqueiam pelo segundo dia seguido, para veículos de carga, a BR 101, no km 22, em Três Cachoeiras; a BR 290, km 719, em Uruguaiana; a BR 285, km 461, em Ijuí; BR 285, km 337, em Carazinho; e também a BR 116, km 397, em Camaquã, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Nas estradas estaduais, de acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), cerca de 50 caminhoneiros se concentram no km 16 da ERS 122, em São Sebastião do Caí, mas não há bloqueios na via. A situação é semelhante no km 28 da ERS 020, em Taquara. Na ERS 040, do km 28 ao 21, em Viamão, há presença de condutores, mas não há interrupção do trânsito. Na ERS 474, km 01, em Santo Antônio da Patrulha, caminhoneiros convidam demais colegas a pararem as atividades, mas não bloqueiam as pistas para os demais veículos. Na ERS 118, km 9, em Gravataí, há aglomeração de trabalhadores, mas sem interrupção do trânsito. Na ERS 471, km 220, em Cachoeira do Sul, o fluxo é normal, caminhoneiros apenas se reúnem no local.

Nessa segunda, passou de 30 o número de manifestações no Estado. O movimento é pacífico e nenhum incidente havia sido registrado até a noite de ontem. A maioria dos protestos ocorreu sem interrupção de pista e na malha federal.

O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), José Fonseca Lopes, mencionou que, no entendimento dele, o melhor era apenas paralisar as atividades e não realizar protestos: “eu não queria fechamento de rodovia, sou contrário, o que eu peço é que o caminhoneiro fique em casa, com a família. Se fizer durante cinco dias, resolve tudo. Mas como cada cabeça é uma sentença, a gente não consegue resolver dessa maneira”, ponderou, lembrando que o anúncio de mais um aumento dos combustíveis, ontem, aumentou as tensões. Disse ainda que, se a situação dos preços não for alterada, “não dou dois meses para todo mundo largar isso (o transporte de cargas)”.

A ABCam não informou o número de profissionais que se juntaram ao movimento. A entidade reivindica a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel.

A categoria sustenta que os caminhoneiros vêm sofrendo com aos aumentos sucessivos no diesel, o que gera aumento de custos para a atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio e 43% do preço do combustível na refinaria vem do ICMS, PIS, Cofins e Cide.