DAS MINHAS ANDANÇAS…

"Este jornal vai ser feito para toda a massa, não para determinados indivíduos de uma facção". Foto: Arquivo CP

Buenas !
Estou chegando , mais faceira que mosca em tampa de xarope, mais alegre que ganso novo em taipa de açude.
Este tempito faz isso com as pessoas, mas tenho alguns chasques para os amigos e “traigo” a língua mais afiada que navalha de barbeiro caprichoso, no bom sentido, é claro, porque a prosa é das buenachas!
Vim de ônibus direto do Itapuã,”lã das casa“, meu paraíso terrestre, mais amontada que uva em cacho, mas cheguei bem e ando apressada que nem cavalo de carteiro.
Não consigo me acostumar com esse burburinho da cidade grande e às vezes me pego meio assustada que nem cachorro em canoa com esse movimento todo.
Dentro do ônibus tinha um sujeito com a cara mais esburacada que poncho de calavera , um outro à minha direta com as melena mais ensebada que telefone de açougueiro e uma guria tão cheia de penduricalhos , mais afeitada que carroça de cigano e um tipo tão fedorento que nem arroto de corvo. “Deuzulivre” !
Tinha umas gurias bem apessoadas, lindas como laranja de amostra e umas tão feias como indigestão de torresmo. E os guris de boca aberta que nem burro que comeu urtiga!
E como tem gente que ocupa espaço nos bancos de ônibus, botam bolsa, sacola, criança, periga até fazer um fogo de chão e assar uma carne no piso do bonde, tipo de gente mais esparramada que nem dedo dos pé que nunca entraram em botas.
E o coletivo mais entravado que carteira de sovina, vinha trazendo o pessoal num cortado sacolejando pra lá e prá cá na buraqueira da estrada Frei Pacífico que parece até um amontoado de toca de tatú.
Pensei em fazer um farnel no bolicho da esquina mas ando mais pelada que sovaco de anjo e acontece que dinheiro na mão de pobre é que nem cuspe em ferro quente Causo de que a situação financeira em geral tá mais difícil que nadar de poncho ou dormir de espora sem rasgar o lençol. Cosa de loco !
Encontrei no corredor aqui da Rádio Guaíba um colega produtor mais atrapalhado que nem cego em tiroteio, cué pucha ! e acenei para o Nando Moretti Gross, esse guri mais conhecido do que feijão em cardápio de quartel !
Prá te resumir o que vim assuntar, um convite aos amigos, porque ando sempre bem informada como gerente de funerária e bota inzibida nisso porque vou puxar a brasa para o meu assado  ! Agora “chega de às brinca, vamos às ganha” : Todas as quartas-feiras eu abro bico e solto a voz no Bar e Restaurante Parangolé, ali na Cidade Baixa, na Lima e Silva, 240. A cantoria começas as vinte horas e vara as onze e trinta prá mais. Sempre com canja de músicos que por lá vagueiam.Vale !!!!
“No mas” to me indo que “na voz de bamo se fumo“, sutil que nem gato que vai pegar passarinho. “Tiá” volta Rio Grande ! Hasta la vista paisanada !