Yeda Crusius defende costura entre PSDB e PP para reeleger Ana Amélia

Ex-governadora também projeta que Eduardo Leite possa ser eleito ainda em primeiro turno

Foto: Lucas Rivas/Arquivo

Com a pré-candidatura de Eduardo Leite ao Palácio Piratini, o PSDB ainda não definiu que nomes indicar para o Senado. O ninho tucano, porém, vislumbra defender a reeleição da senadora Ana Amélia Lemos (PP). A possível costura entre PSDB e PP é confirmada pela ex-governadora Yeda Crusius.

Embora os progressistas tenham lançado a pré-candidatura do deputado federal Luis Carlos Heinze ao Piratini, Yeda mostra confiança em repetir a dobradinha PSDB-PP na majoritária. “O Heinze está candidato, mas já fizemos isso, em 2010, elegendo Ana Amélia com a minha candidatura à reeleição. Então, o Eduardo, com o partido, vai decidir isso. Essa aliança deve ocorrer novamente, mas com o beneplácito de todos”, revela.

Demostrando respeito à trajetória de Heinze, Yeda reforça que a decisão também depende do pré-candidato do PP.

A ex-governadora confirmou, ainda, que vai concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, o que eleva para nove o total de eleições da carreira política. Desde janeiro de 2017, Yeda assumiu a vaga deixada por Nelson Marchezan Júnior, que se elegeu prefeito de Porto Alegre.

Entusiasta da candidatura de Eduardo Leite, Yeda é categórica ao afirmar que chegou a “vez dele”. Além disso, a ex-governadora estima ainda que o pré-candidato tucano pode faturar o pleito ainda em primeiro turno. “É a vez dele. Ele está muito bem, deve ser o próximo governador e pode ser que não exista segundo turno”, projeta. Caso contrário, a ex-governadora elenca os pré-candidatos mais fortes. “Se existir um segundo turno, nós temos três fortes candidatos e outros bons candidatos, que são Jairo Jorge, pelo PDT, pelo MDB, ele não disse ainda que é, mas é Sartori, e Eduardo Leite”, enumera.

A ex-governadora também analisou de forma positiva a gestão de Sartori ao elencar êxitos dele como a substituição do sistema de refrigeração do Palácio Piratini e o combate prioritário à violência e à criminalidade. Os fatores levaram Yeda Crusius a dar nota sete para o governo Sartori. “Muita coisa do que ele fez tem a ver com a incompletude do meu governo, como a lei de responsabilidade fiscal e estadual. Então, o mínimo (nota) para ele é sete”, considera.

A ex-governadora também comentou o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em casos de corrupção. Em função do histórico negativo, Yeda desaconselha uma eventual candidatura de Aécio. “Foi de rasgar, ninguém nega isso. Ele não tem mais palanque. Mas me entristeço com o que aconteceu com ele”, admite.