Um réptil fóssil pré-histórico que viveu há aproximadamente 237 milhões de anos foi identificado no interior do Rio Grande do Sul por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
De acordo com o líder da pesquisa, o doutorando Marcel Lacerda, não é possível saber com exatidão o local em que o fóssil foi encontrado já ele foi doado anonimamente para o Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, do município de Candelária, no Vale do Rio Pardo, durante o período do natal em 2015.
Entretanto, com a análise dos elementos químicos presentes, além das características da espécie e o período da formação, a pesquisa sugere que é bastante provável que o fóssil venha mesmo da região da Candelária.
A pesquisa de Lacerda sobre o “Pagosvenator candelariensis” se iniciou em 2016 e durou um ano. O artigo sobre o estudo foi publicado no Zoological Journal Of The Linnean Society, em abril. A espécie viveu durante o Período Triássico (que durou entre 251 até 201 milhões) e o fóssil foi batizado de “Pagosvenator candelariensis” com uma homenagem ao município devido à importância para a paleontologia. O significado do nome é “o caçador da região de Candelária”.
Segundo Lacerda, o Pasgosvenator era um animal de médio porte, com até três metros de comprimento, e, com base na comparação com outras espécies semelhantes já conhecidas, existe forte evidência de que tenha sido quadrúpede e de dieta carnívora, possivelmente baseada em animais de pequeno e médio portes.