Petroleiros devem paralisar contra privatizações de refinarias da Petrobras

Trabalhadores de 13 sindicatos se reúnem nos dias 16 e 17 no Rio de Janeiro

Contrários à agenda de privatizações – proposta em exame para as refinarias de petróleo da Petrobras no Rio Grande do Sul (Refap), Paraná (Repar), Bahia (RLAM) e Pernambuco (Rnest) -, os petroleiros de 13 sindicatos se reúnem nos dias 16 e 17 no Rio de Janeiro.

No encontro, eles avaliarão o resultado das assembleias estaduais, que se estendem até o dia 12, e colocarão em prática as decisões. Quatro sindicatos (do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro) já se decidiram pela greve.

De acordo com o presidente do Sindipetro/RS, Fernando Maia da Costa, a reunião do Rio de Janeiro vai definir o modelo da greve, por exemplo, se total, por setores, por tempo indeterminado e outros detalhes. No Estado há 1,1 mil petroleiros entre a Refap em Canoas e terminais em Canoas e Osório.

Os 13 sindicatos abrangem cerca de 35 mil petroleiros de um universo no país calculado em 64 mil trabalhadores. “A privatização vai reproduzir o que aconteceu com a privatização dos polos petroquímicos: desemprego e queda nos salários de quem ficou, a economia perde com isso”, disse.

No Polo de Triunfo, conforme Maia da Costa, houve corte de 75% dos trabalhadores com a privatização e forte queda salarial. “É isso que é bom para o Brasil?”, questionou. Hoje, afirmou, a Petrobras está operando as refinarias com 65% da capacidade de refino.

Essa medida atende somente aos interesses setor privado importador de derivados de petróleo. Ao mercado consumidor os preços continuarão dolarizados, mesmo que mudem governos. Em 2013 havia 80 importadores e hoje há mais de 300 empresas nesse ramo. A privatização das refinarias leva ao desemprego e à importação, em vez do refino, finalizou o Sindipetro/RS.