Temer fala que denúncias são “pífias” e vê campanha oposicionista

“Se nós resistimos até hoje podemos resistir mais quatro ou cinco meses”, afirmou o presidente, em entrevista à EBC

(Brasília - DF, 02/05/2018) Entrevista para Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Foto: Marcos Corrêa/PR

Na primeira entrevista exclusiva aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Michel Temer chamou de “pífias” as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), encaminhadas ao Congresso Nacional, e que pediam a abertura de inquérito contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).

“As duas denúncias [anteriores] eram pífias. Tão pífias que o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados não teve a menor dúvida em rejeitá-las. Rejeitá-las não, impedir que elas prosperassem. Essa suposta terceira denúncia é uma campanha oposicionista”, disse.

Para o presidente, há uma tentativa de enfraquecer o governo. “Se nós resistimos até hoje podemos resistir mais quatro ou cinco meses”, afirmou.

Sobre um processo de impeachment, Temer defende que deve ser encaminhado a partir da análise do delito praticado pelo presidente da República independentemente do tempo que falta para conclusão do mandato.

“Se ele [na hipótese de um presidente] praticou um delito daqueles incontornáveis evidentemente seria o caso de ele não permanecer um mês”, disse.

Lava Jato é indicação de “autonomia” e “independência”, defende

Temer disse, ainda, que a Operação Lava Jato é uma indicação de que há autonomia e independência entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Eles [os Poderes] hoje funcionam com toda tranquilidade. Não há impedimento ao exercício de nenhum Poder”, afirmou. Ele lembrou que a Constituição precisa ser respeitada para manter a organização da sociedade.

O presidente também destacou a atuação do Ministério Público que, como instituição, não se politizou. “O Ministério Público está exercendo o seu papel”, disse. “Eu quero dizer que a instituição não se politizou”, acrescentou.

Em seguida, Temer disse que “o Ministério Público tem as prerrogativas porque tem autonomia funcional que significa que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário não podem se intrometer nas questões internas do Ministério Público”.