Tribuna da Câmara do Rio ganha o nome de Marielle Franco

Vereadores aprovaram hoje cinco projetos da parlamentar do PSol, assassinada em março

Público se manifesta enquanto vereadores votam na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão extraordinária, projetos de lei de Marielle Franco, assassinada em março.

A Câmara Municipal do Rio aprovou, nesta quarta-feira, em primeira votação, cinco projetos de lei da vereadora Marielle Franco (PSOL), executada a tiros, em 14 de março. Os vereadores aprovaram também a concessão do nome dela para a tribuna da Casa. Agora, os projetos seguirão para uma segunda votação, ainda sem data marcada, para depois serem encaminhados ao prefeito Marcelo Crivella para sanção.

As galerias, lotadas de apoiadores de Marielle, vibraram com a aprovação dos projetos, que incluem a criação de creches públicas noturnas para filhos de quem trabalha à noite; a criação do Dia da Mulher Negra, a ser comemorado em 25 de julho; a criação de campanha permanente contra o assédio e a violência sexual em ônibus e trens, e a criação do Dossiê Mulher. Um dos projetos, porém, incluindo o dia de luta contra a homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia teve a apreciação adiada.

O vereador Tarcísio Motta, líder do PSOL, disse que houve um entendimento entre a maioria dos vereadores de aprovar os projetos de Marielle como homenagem e reconhecimento à parlamentar, que tinha entre as principais bandeiras a defesa das populações pobres, das mulheres negras e do público LGBT.

“Foi uma votação histórica. São projetos que defendem os direitos da mulher trabalhadora, as políticas públicas para as mulheres, a vida nas favelas e os trabalhadores. Sem dúvida alguma, é a voz da Marielle ecoando em medidas legislativas. Cabe agora aprovar em segunda votação e que o prefeito Marcelo Crivella sancione e coloque em prática as políticas públicas decorrentes dessas leis”, disse Tarcísio Motta.