A suspeita da Polícia Federal de que o presidente Michel Temer teria lavado dinheiro com reformas de casas de familiares foi respondida pelo próprio chefe de Estado no final da manhã desta sexta-feira. Na avaliação de Temer, a imprensa foi usada para ferir a sua honra e promover um ataque de natureza moral, segundo declaração feita em pronunciamento em Brasília.
“Se pensam que vão atacar a minha honra e da minha família e ficarão impunes, estão enganados. Solicitei às instituições para que possam funcionar regularmente e quero que o ministro Raul Jungmann apure como se dão esses vazamentos. Não é a imprensa que vai examinar os autos às escondidas, são as pessoas que presidem o inquérito que dão as informações. Pessoas de má fé estão fazendo ilações sem prova documental”, disse Temer. “Mentiras foram lançadas contra a minha pessoa. Só um irresponsável, mal intencionado, ousaria tentar me incriminar, além da minha família e o meu filho como lavadores de dinheiro”, acrescentou.
Para Temer, há uma perseguição contra figura da Presidência da República. “Se eu for pegar o inquérito do Portos, é possível ver que o primeiro prazo, para dar segurança jurídica ao processo, foi de 90 dias. Chegou nesta data e nada se apurou e depois disso foi pedido mais 60 dias e a tendência é seja solicitado uma nova extensão do prazo. Quer se deixar o presidente num situação de incômodo institucional. É uma tentativa de desmoralizar a figura da presidência”, explicou.