Executada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) desde 1992, a pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) apresentou os últimos dados nesta quarta-feira. O informe, de publicação mensal, reunia informações e análises sobre o mercado de trabalho, destacando-se o desemprego, o nível de rendimentos e de ocupação.
A economista Lúcia Garcia, do Dieese, informou que a PED/RMPA teve as atividades de campo encerradas no fim do mês de março, conforme decisão unilateral do governo, “em consonância com a proposta de extinção das fundações”.
“Anualmente, eram entrevistadas cerca de 75 mil pessoas, uma amostra robusta para a região Metropolitana de Porto Alegre, que permite um retrato profundo e detalhado do mercado de trabalho e oferece parâmetros para compreender as condições socioeconômicas no Rio Grande do Sul”, declarou.
Conforme Lúcia Garcia, com o fim da PED, o Estado deixa de produzir dados primários e, portanto, passa a depender das informações produzidas e disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Trabalho.
“Embora relevantes, essas bases de dados não substituem a PED/RMPA. O encerramento da pesquisa interrompe uma pesquisa cujo valor se deve à longa série histórica, à metodologia reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e ao olhar detalhado do mercado regional”, acrescentou a economista.
Números de março
A última pesquisa mostrou que a taxa de desemprego total apresentou relativa estabilidade entre fevereiro e março de 2018, passando de 11,7% para 11,8% da População Economicamente Ativa (PEA). O número total de desempregados em março permaneceu estável em 219 mil pessoas.