O Ministério Público (MP) do Rio pediu à Justiça a libertação de 138 pessoas detidas em uma operação contra uma milícia, no último dia 7 de abril. No total, foram presas 159 pessoas. O pedido chegou nesta terça-feira, encaminhado pela 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, que não viu provas efetivas que permitam denúncias contra a maior parte das pessoas, presas durante uma festa em um sítio na zona oeste, onde havia integrantes armados de uma milícia. Pistolas e fuzis foram apreendidos no local.
As famílias dessas pessoas vêm realizando, desde então, diversos protestos contra as prisões, alegando que a grande maioria tinha emprego fixo, não fazia parte de nenhum grupo miliciano e só havia ido ao sítio para uma festa com grupos de samba e pagode.
Em nota, o MP esclareceu vai oferecer denúncia contra 21 dos 159 presos e que há necessidade de manutenção da prisão preventiva desses suspeitos. Porém, o texto do pedido de liberdade deixa claro, segundo os promotores, que não há nenhuma ilegalidade na ação policial, tampouco na decisão da Justiça que determinou a prisão dos 159 participantes da festa.
Para o MP, havia integrantes no local do primeiro escalão da milícia que controla o crime organizado na região, “o que se comprova pela troca de tiros iniciada pelos criminosos contra a Polícia Civil, quando os agentes iniciaram a operação”.
“Após análise mais detalhada das provas, da conduta dos suspeitos e realizadas investigações, no entanto, o Ministério Público fluminense entende que, para os presos contra os quais não há provas suficientes para oferecimento de denúncia, deve-se revogar a prisão preventiva”, detalha a nota.