Em nota, PP gaúcho repudia corrupção após PF mirar lideranças nacionais da sigla

O Partido Progressista (PP) do Rio Grande do Sul mostrou-se indignado e repudiou, na tarde de hoje, o envolvimento de correligionários da sigla em esquemas de corrupção. Pela manhã, a Polícia Federal cumpriu buscas em gabinetes e escritórios e apreendeu documentos do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE). O ex-deputado Márcio Junqueira (PP-PI) acabou preso e, na residência de Ciro Nogueira, agentes da PF encontraram quase R$ 200 mil.
O presidente do PP no Rio Grande do Sul, Celso Bernardi, afirmou que o “PP Gaúcho jamais será guardião de possíveis malfeitos ou desvios éticos”. Em nota, ele defende que enfrentar a corrupção não é apenas um princípio partidário, mas um dever cívico. “A régua moral do partido é a mesma para adversários e para correligionários”, finaliza a nota, reproduzindo citação da senadora Ana Amélia Lemos.
A operação de hoje teve aval do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo a PGR, a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão nesta terça-feira.
Além das diligências em Brasília, a PF efetuou buscas em endereços no Recife, em Teresina e em Boa Vista, com o objetivo de colher provas sobre uma suposta tentativa de obstrução da Justiça por parte dos investigados, informou, em nota, a procuradoria.
Ainda de acordo com a PGR, o inquérito no qual foram autorizadas as diligências foi instaurado para apurar a suspeita de que os investigados tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar. A nota da PGR não cita nomes.
Confira, na íntegra, a nota do PP gaúcho:
Hoje (24), somos levados a manifestar de forma vigorosa nossa indignação, aos que pelos seus atos ou por omissão causam desgaste a imagem do Partido e criam constrangimentos aos que fazem a boa política dentro da sigla.
Todos conhecem a nossa posição contra desvios de conduta, imoralidade e a falta de ética na política. Em nome desta história nos tornamos, no Rio Grande do Sul, um Partido grande, sério e respeitado e por isso vamos continuar agindo com a mesma coerência, inclusive quando envolvem nomes do nosso Partido em nível nacional.
Renovamos nossos compromissos de unidade e ao programa do Progressistas e que continuaremos a lutar para preservar sua imagem positiva, que não pode ser confundida com ações negativas de alguns líderes.
O PP Gaúcho jamais será guardião de possíveis malfeitos ou desvios éticos. Reafirmamos o nosso apoio à justiça, às investigações pela Polícia Federal e ao trabalho das instituições na Operação Lava Jato.
Assim, o PP/RS lamenta as acusações de corrupção de alguns membros da sigla e enfrentar a corrupção não é apenas um princípio partidário, é um dever cívico.
Finalizamos citando as palavras da nossa líder senadora Ana Amélia:
“A régua moral do partido é a mesma para adversários e para correligionários”.
Celso Bernardi – Presidente do Progressistas/RS