Chega a 21 total de casos confirmados de toxoplasmose em Santa Maria

A Secretaria de Saúde de Santa Maria atualizou o balanço sobre o surto de toxoplasmose no município. Até o momento, dos 156 casos suspeitos, 72 amostras foram coletadas e 21 pacientes tiveram a doença confirmada – sete a mais que no levantamento anterior.
Conforme a Secretaria, entre os doentes há sete gestantes. A doença pode causar problemas de desenvolvimento fetal. Quatro casos foram descartados e 47 seguem aguardando resultado.
No Hospital Universitário de Santa Maria, dos 36 casos notificados, 12 deram positivo. Segundo a Assessoria de Imprensa do Hospital, os exames foram realizados no laboratório da própria instituição. Dos 12 casos, sete são de Santa Maria e os demais de cidades da região Central.
De acordo com o prefeito Jorge Pozzobom e a secretária de Saúde, Liliane Duarte, todas as medidas de investigação, prevenção e controle estão sendo adotadas no município. O chefe do Executivo ressaltou que, na segunda-feira, vem a Porto Alegre para tratar do assunto com o secretário Estadual da Saúde, Francisco Zancan Paz. Na terça, ele aborda o assunto em Brasília, em reunião no Ministério da Saúde. Uma força-tarefa, com técnicos da Corsan e especialistas da Universidade Federal de Santa Maria, iniciou o processo de investigação das causas do surto.
Embora seja geralmente assintomática, a doença pode evoluir para manifestações sistêmicas graves – daí a necessidade de cuidados e controle. Os felinos, especialmente gatos, são os principais hospedeiros do vírus e as fezes deles, a principal fonte de contaminação. Os sintomas incluem febre, dor muscular, gânglios inchados no pescoço e na nuca, manchas avermelhadas no corpo e aumento do fígado e do baço.
Em função do surto, o Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS) divulgou uma nota técnica sobre o assunto para orientar moradores da região Central. Veja detalhes:
Sobre a doença
A toxoplasmose é uma zoonose causada por protozoário – o Toxoplasma gondii. A transmissão pode ocorrer por via transplacentária, ingestão de água e alimentos contaminados, transplante de órgãos ou transfusão sanguínea de doador infectado.
Como prevenir
– Evite comer alimentos crus; não prove a carne crua durante a preparação; coma verduras e legumes sempre bem lavados;
– Congele a carne por 3 dias, a 15ºC negativos;
– Lave bem as mãos após manipular carnes cruas e antes de comer; se estiver gestante, procure usar luvas;
– Evite contato com fezes dos gatos ou lave bem as mãos após isso ocorrer;
– Mantenha seu gato bem alimentado para que ele não precise caçar para comer; nunca lhe dê carne crua; evite que ele ande pelas ruas. Se não for possível, ponha um pequeno chocalho no pescoço no animal para que ele não consiga caçar;
– A caixa de dejetos dos gatos deve ser renovada a cada 3 dias e colocada ao sol com frequência;
– Cães também podem transmitir toxoplasmose ao sujarem o pelo no solo onde haja fezes de gato;
– Evite acariciar cães que andem soltos;
– Controle ratos e insetos como moscas, baratas e formigas, descartando corretamente o lixo doméstico e os dejetos das criações de animais;
– Lave bem as mãos e as unhas após trabalhar na terra (horta ou jardim). Gestantes devem evitar essa atividade ou utilizar luvas;
– A água pode ser contaminada por fezes de gatos. Mantenha os reservatórios bem fechados e se a água não for tratada, deve ser fervida antes do consumo.