Petrobras propõe venda de 60% da Refap, em Canoas

A refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, deve mudar de dono. Nesta quinta-feira, a Petrobras anunciou que pretende vender 60% da empresa. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a estatal informou que a busca por parceiro deve envolver um processo competitivo, com empresas diferentes concorrendo a cada bloco.
No total, a estatal vai buscar a transferência do controle de quatro refinarias, em um processo que deve levar até o ano que vem para ser concluído, caso a proposta preliminar apresentada seja aprovada na diretoria executiva e no conselho de administração da estatal. A estimativa é do presidente da empresa, Pedro Parente, que esteve hoje na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, para discutir a proposta com agentes do mercado de óleo e gás.
Atualmente, a empresa detém 99% da capacidade de refino do país. A proposta apresentada prevê parcerias em que o controle acionário e a operação de quatro refinarias (duas no Nordeste e duas no Sul) fica com parceiros privados (60%), enquanto a Petrobras mantém 40% das unidades.
A previsão é que as refinarias sejam oferecidas em blocos, Nordeste e Sul, e dois parceiros diferentes vão assumir o controle das unidades. No Nordeste, as unidades que podem ser privatizadas são a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Refinaria Landulpho Alves, na Bahia. No Sul, serão a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, e a Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.
A estatal propõe a criação de parcerias em blocos geográficos porque isso, segundo a direção, “garante dinâmica de mercado, reduzindo o risco de competição predatória”. Em comunicado, a Petrobras esclarece, porém, que esse modelo ainda não conta com a aprovação formal dos órgãos de governança da empresa.
A busca de parcerias na área de refino integra o Planejamento Estratégico e no Plano de Negócios e Gestão de 2017-2021 e reforçada no PNG 2018-2022. A estratégia visa reduzir o risco da Petrobras perante o mercado financeiro.