Com três licitações desertas, Prefeitura fabrica asfalto para retomar tapa-buracos em Porto Alegre

Com três licitações desertas (sem interessados) para o serviço de tapa-buracos em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) retoma a operação a partir desta sexta-feira. A solução: a compra emergencial de 200 toneladas de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), empregado na mistura com britas e areia para a fabricação de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), adequado para conservar a pavimentação.
O material já chegou a Porto Alegre e a fabricação ocorre na Usina Asfáltica do bairro Sarandi. Na tarde desta quinta, o prefeito em exercício Gustavo Paim visitou o local para acompanhar os trabalhos de produção. As 200 toneladas de CAP resultarão em mais de 3,3 mil toneladas de concreto quente.
“Apesar da crise financeira da Prefeitura, neste momento não era a falta de recursos que impedia o serviço. Basicamente, duas questões provocaram a dificuldade de encontrar fornecedores nas licitações desertas: o histórico de problemas de pagamento pela Prefeitura, que ocasionou insegurança no mercado, e a nova política de reajuste de preços da Petrobrás, única fornecedora de componentes asfálticos do Brasil e que mudou os dois reajustes anuais para reajustes mensais”, explicaPaim.
Conforme o titular da Smim, Luciano Marcantônio, as equipes atuarão para reduzir significativamente a demanda represada com o material que chegou agora, enquanto uma nova licitação é preparada para maio, adequada às novas regras da Petrobrás.
Para garantir a segurança viária, a retomada da tapa-buracos vai começar por vias de grande circulação, como as avenidas Ipiranga, Bento Gonçalves, Borges de Medeiros, Loureiro da Silva, Protásio Alves, Farrapos, entre outras da zona Sul.
A partir da próxima semana, as equipes serão ampliadas para abranger gradativamente o restante da cidade.