Com buscas no Cais Mauá, PF investiga fraude em fundo de investimentos

Mandados de busca e apreensão foram realizados em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Foto: Rádio Guaíba

Mandados de busca e apreensão foram realizados em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Foto: Rádio Guaíba
Mandados de busca e apreensão foram realizados em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Foto: Rádio Guaíba

A Polícia Federal ressaltou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, que a operação Gatekeepers, deflagrada hoje, teve por objetivo investigar o aporte de recursos e as transações feitas, em um fundo de investimentos, por um fundo de previdência privada gaúcho. Mandados de busca e apreensão foram realizados em Porto Alegre, no Cais Mauá, e também no Rio de Janeiro. Houve bloqueio de ativos em nomes de pessoas físicas e jurídicas, além de apreensão de veículos de luxo.
Sem citar nome de empresas e pessoas envolvidas, os investigadores da PF disseram que as investigações começaram em 2013 a partir de uma denúncia de um dos maiores fundos de pensão do Rio Grande do Sul. Estão sendo investigados crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro.
Conforme a PF, em relação ao fundo de investimentos, eram aplicados valores em empresas de construção civil que não executavam a obra pública. Durante as investigações, a polícia identificou ligações do grupo com obras de revitalização urbana em Porto Alegre. São investigadas, também, possíveis movimentações de recursos para pessoas ligadas à administração, inclusive com a aquisição de bens de alto valor, como veículos de luxo.
O chefe da Operação da PF, delegado Eduardo Bollis, esclarece que as investigações, nesse momento, não dizem respeito à execução em si das obras e tampouco ao envolvimento de servidores públicos e agentes políticos no esquema. “Eu quero deixar claro que essa operação está centrada nesses parâmetros. Ela não diz respeito a questão de obras. Ela não diz respeito a questão de licenças. Não tem, até o presente momento, nenhuma situação envolvendo servidores públicos e agentes políticos”, ressalta.
O próximo passo dos investigadores é apurar que mecanismos foram utilizados para transações e compras de bens de altos valores. Documentos apreendidos também serão analisados por peritos da PF.