Ministro da Segurança: investigações sugerem que milícias executaram Marielle

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira, que as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontaram, até o momento, que a atuação das milícias tenha causado a execução da vereadora Marielle Franco (PSol). Jungmann disse que entende a urgência, mas lembrou que outros casos críticos, como o assassinato da juíza Patrícia Acioli e a morte do pedreiro Amarildo, na Rocinha, exigiram mais de dois meses de investigação.
“Eles estão com uma pista fechada e têm caminhado bastante. A mais provável hipótese remete o crime à atuação de milícias no Rio de Janeiro”, comentou, ressaltando o empenho da polícia em elucidar o fato. “O caso da Marielle tem 30 dias. Entendo a urgência, entendo o impacto do que aconteceu, mas lembro que o chefe da polícia civil, Rivaldo Barbosa, era amigo pessoal da Marielle. Ela fazia a ponte entre o (deputado estadual) Marcelo Freixo e as milícias”, disse, em declarações para o jornal O Estado de S.Paulo.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos na noite do dia 14 de março, na região central da capital carioca. A vereadora era militante de direitos humanos e do movimento. Durante o mandato no Rio, realizou denúncias de violência policial contra moradores de favelas.