PM dispersa manifestação para evitar ocupação do Ministério da Educação

Uma manifestação na porta do Ministério da Educação, na Esplanada dos Ministérios, na tarde desta terça-feira, terminou em confronto entre policiais militares e manifestantes. Funcionários, professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) exigiam recursos para a instituição, que teve parte do orçamento cortado no ano passado.
A Polícia Militar usou gás lacrimogênio, gás de pimenta e balas de borracha para dispersar a manifestação, após um grupo de mascarados atirar pedras e pedaços de pau nos policiais, que impediram a entrada dos manifestantes no prédio do ministério.
A estudante de Direito Bruna Araújo participou do ato e disse que a ação policial foi desproporcional ao número de manifestantes. “Na medida em que mais pessoas começavam a chegar no ato, começou a se espalhar entre os participantes a pergunta “vamos entrar no prédio ou não vamos”, e a polícia começou a se preparar. O número de policias no local foi só aumentando”, disse.
A Polícia Militar não revelou o número de policiais envolvidos na operação, mas informou que além da tropa do 6º Batalhão, havia tropas especializadas como cavalaria, batalhão de choque e o Patamo.
Ministro rebate
Já o ministro da Educação recém-empossado, Rossieli Soares, disse hoje que não houve cortes no orçamento para as universidades federais, e que a Universidade de Brasília (UnB) já recebeu 60% dos recursos de custeio previstos para 2018.
Rossieli explicou que a negociação do orçamento é feita com os reitores, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Segundo ele, pode haver outra negociação sobre o orçamento das universidades ainda este ano. “Até setembro teremos outra janela para observar como se comporta o orçamento e aí podemos voltar a conversar”.