Após confronto com a BM, saída de caminhões é liberada para coleta de lixo na Capital

Após um confronto com a Tropa de Choque da Brigada Militar, trabalhadores da B.A Meio Ambiente, responsável pela coleta manual de lixo orgânico em Porto Alegre, liberaram o portão da empresa e os caminhões puderam sair para o trabalho. A empresa obteve, na tarde de hoje, decisão judicial que concedia interdito proibitório referente à obstrução do portão da empresa desde a madrugada. Funcionários da terceirizada cruzaram os braços em virtude de atrasos no pagamento.
A liberação se deu por volta das 20h, após a Polícia usar bombas de efeito moral. Os trabalhadores chegaram a jogar lixo na via, e permaneceram no entorno do prédio da empresa, que fica no bairro Sarandi, zona Norte da Capital. Eles dizem que, além do atraso nos salários, são submetidos a más condições de trabalho e estão há mais de dois anos sem férias.
Os servidores dizem que a Prefeitura não vem realizando os pagamentos, embora o secretário de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, garanta que não há atrasos por parte do Executivo municipal. Ele confirmou, além disso, que membros da Prefeitura confirmaram que a B.A Meio Ambiente já pagaram os valores em atraso. A Secretaria de Serviços Urbanos de Porto Alegre prometeu, ainda, tomar todas as medidas cabíveis e necessárias para punir a B.A Meio Ambiente pela paralisação no serviço de coleta manual de lixo orgânico em Porto Alegre.
A B.A. Meio Ambiente já havia sido multada, anteriormente, em R$ 130 mil por problemas no GPS dos caminhões, e agora pode ser penalizada novamente. A Prefeitura também afirmou, mais cedo, que garis e caminhões próprios do DMLU atuaram desde a madrugada para amenizar o impacto da paralisação.
Os serviços de coleta automatizada, feita através de contêineres, principalmente na área Central da cidade, não foram afetados, assim como os da coleta seletiva.