Uma manifestação de professores, funcionários, alunos e pais em prol da retomada das obras de restauração do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na avenida Osvaldo Aranha, em Porto Alegre, foi realizada na manhã de sábado. O ato contou com balões brancos e verdes, faixas e cartazes, além de leitura de uma carta aberta, discursos e atividades artísticas, entre outras. O restauro está parado há mais de dois anos e meio, tendo sido realizado somente cerca de 10% do previsto que inclui reforma dos telhados, móveis, redes de água, luz e esgoto, fachada externa e interna, salas e banheiros. Na época, a empresa responsável acabou rescindindo o contrato. A expectativa é de que, com o recente anúncio do governo de realizar uma nova licitação, o trabalho de recuperação integral do prédio histórico seja efetivamente concluído.
A instituição possui em torno de 140 professores e cerca de 1,5 mil alunos na educação infantil, ensino fundamental e médio, centro de formação de docentes e educação de jovens e adultos. A diretora da instituição, Leda Larratéa, recordou que todos estão espalhados desde julho de 2015 em outros quatro estabelecimentos de ensino que cederam salas. Em torno de 50 turmas encontram-se divididas entre o Instituto Estadual Rio Branco e as escolas estaduais Roque Callage, Felipe de Oliveira e Professora Dinah Néri Pereira. Na avaliação dela, a separação da comunidade escolar trouxe “prejuízos pedagógicos, administrativos e afetivos”. Na próxima quinta-feira será realizada uma visita ao interior do Instituto de Educação, reunindo a direção da escola e governo, com o objetivo de verificar a atual situação do prédio.
O professor de Geografia, Wagner Inocêncio Cardoso, destacou que a manifestação na manhã de sábado foi “mais um grande encontro da comunidade do Instituto de Educação”. Ele disse que o ato comemorou também os 149 anos da instituição. O docente espera que o resultado da licitação seja conhecido em dois meses e estimou que a conclusão das obras ocorra em um ano e meio. “O dinheiro existe. O que está faltando é a gestão”, avaliou. “Esperamos que os 150 anos sejam comemorados na nossa sede”, concluiu.