Em um ato intitulado “Lula Livre” e organizado pela Frente Brasil Popular, milhares de pessoas de pessoas saíram às ruas de Porto Alegre para defender que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneça em liberdade. Manifestantes de partidos de esquerda e integrantes de movimentos sociais estiveram reunidos por mais de quatro horas na Capital. O ato terminou perto das 21h, no bairro Cidade Baixa. Os organizadores computaram público final de 10 mil pessoas. De forma extraoficial, a Brigada Militar estimou mais de mil manifestantes.
O protesto em defesa de Lula começou às 17h na Esquina Democrática, no Centro do Capital. Com um caminhão de som, militantes percorreram as vias da Capital até o Largo Zumbi dos Palmares. Cartazes e bandeiras do PT, PCdoB, MST, CUT, CTB, Sinpacel, MNLM e PCB marcaram o protesto.
No carro de som, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, defendeu a resistência à prisão de Lula. “A palavra de ordem é resistir tal qual Mandela. Lula sairá mais forte e será presidente pela segunda vez’, declarou. Já o ex-presidente do PT estadual, prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, destacou a força da militância petista. “Depois do golpe, o orgulho petista voltou às ruas com bandeiras e camisetas”, disse.
O ex-governador Olívio Dutra também esteve no ato e bateu fotos com a militância. O deputado federal e mandatário do PT gaúcho, Pepe Vargas, também considerou a decisão do juiz Sérgio Moro ilegal e imoral. Devido à caminhada que partiu da Esquina Democrática até o Largo Zumbi, vias do entorno ficaram bloqueadas, o que obrigou desvios de linhas de ônibus. A manifestação parou com o carro de som no cruzamento da avenida Loureiro da Silva com a rua José do Patrocínio. O trânsito ficou bloqueado no trecho e o itinerário dos coletivos e só se normalizou após as 21h.
