Mesmo com prisão de Lula decretada, Bolsonaro não descarta disputar eleição com o petista

O pré-candidato à presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou na manhã de hoje, em entrevista ao programa Agora da Rádio Guaíba, que não descarta a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva concorrer às eleições de outubro deste ano, mesmo podendo ser preso nesta sexta-feira. Bolsonaro disse também que a justiça, em especial o juiz Sério Moro, está de parabéns com a decretação da prisão do petista.
Bolsonaro espera que a Lei da Ficha Limpa seja cumprida e diz que se fosse com qualquer outro candidato, na situação como a de Lula, o mesmo já estaria de “férias políticas”. “O julgamento é feito por tribunais. E nós sabemos que alguns tribunais foram aparelhados pela esquerda. Então essa possibilidade dele concorrer no meu entender não está descartada. Se fosse um outro candidato qualquer, já estaria decretada suas férias políticas por oito anos. Com o Lula tudo pode acontecer. Mas eu espero pelo bem da democracia que a lei seja cumprida e ele, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, não concorra neste ano”, afirma.
Sobre o pleito de outubro, o pré-candidato à Presidência disse não ter preocupação com os demais candidatos e voltou a defender a lei, de sua autoria, do voto impresso. Ele acredita que se esse formato fosse aprovado, derrotaria Lula no segundo turno, se houvesse. “Pra mim não afeta nada. Eu tenho uma convicção que se a lei do voto impresso, que é de minha autoria, começar a valer nós derrotaremos o Lula no segundo turno, se houver, com certeza. A minha preocupação não é com quem vai ser candidato, é que o futuro eleito do Brasil seja eleito com voto confiável, que não seja fraudado, e que seja o melhor para o Brasil”, ressalta.
Um dos pilares de seus discursos, Jair Bolsonaro também defendeu o direito da população de se armar. “Quero dar o direito ao cidadão de bem que se quiser ter uma arma de fogo em casa, possa ter. Ninguém quer ter uma arma de fogo para fazer besteira”, acredita.
Sobre projeção de equipe, em caso de vitória nas próximas eleições, Bolsonaro informou que o Ministério da Fazenda pode ser assumido pelo economista Paulo Guedes, caso ele aceite o convite. “Paulo Guedes é economista. Se ele aceitar, não posso obrigá-lo, mas será a pessoa que terá carta-branca para decidir isso”. O pré-candidato já deixou claro que buscará reduzir ministérios, podendo tornar o Ministério da Cultura uma secretaria dentro de outra pasta, exemplificou.
Desde ontem, o parlamentar cumpre agenda no Rio Grande do Sul. Hoje à tarde, Bolsonaro deve participar de encontro na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo. Nessa quinta-feira, ele esteve em Caxias do Sul, onde foi recebido por centenas de apoiadores.
Ouça a entrevista na íntegra: