A cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de março em R$ 434,70 – valor que representa 49,53% do salário mínimo. Com isso, para adquirir produtos básicos para alimentação, o porto-alegrense precisou trabalhar 100 horas e 15 minutos no período. Com base no levantamento, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que o piso mínimo ideal deve hoje ser de R$ 3.706,44 – quase quatro vezes mais do que o real.
Seis produtos – dos 13 que compõem a cesta – aumentaram em março se comparados a fevereiro: banana (7,13%), leite (2,26%), farinha de trigo (1,93%), arroz (1,15%), manteiga (0,21%) e carne (0,04%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira.
A batata – normalmente um dos alimentos mais caros – teve queda de 7,81% neste mês, seguida pelo açúcar (-5,60%), óleo de soja (-4,02%), café (-2,25%), tomate (-2,19%), feijão (-1,94%) e pão (-0,59%).
Após um período extenso registrando a cesta mais cara do País, esse é o segundo mês consecutivo que Porto Alegre fica em terceiro lugar no ranking das capitais – atrás de Rio de Janeiro (R$ 441,19) e São Paulo (R$ 437,84). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 322,88) e Aracaju (R$ 339,77).
País
Em março, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 12 capitais, segundo os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As reduções mais expressivas ocorreram em Salvador (-4,07%), Recife (-3,82%) e Belém (-3,24%). As maiores taxas positivas foram registradas nas cidades de Campo Grande (2,60%) e Curitiba (2,22%).