O delegado Gabriel Bicca, responsável pelo caso do atropelamento de três pessoas, ocorrido na tarde de ontem, no bairro Cidade Baixa, informou que o inquérito vai ser concluído até 11 de abril. Ainda conforme Bicca, na tarde de hoje o dono da transportadora Max Express, Max Solon Machado, prestou depoimento formal. O delegado disse, porém, que não vai mais repassar detalhes à imprensa até a conclusão das investigações.
Na manhã de hoje, a Justiça gaúcha decretou a prisão preventiva de Fábio José Volpato Ferreira, que atropelou os três pedestres – duas mulheres e um homem. Na decisão, a juíza Andréia Nebenzahl Oliveira destacou que o fato [atropelamento] é extremamente grave, já que o condutor dirigia embriagado um veículo de grande porte, sem carteira de habilitação e acima da velocidade permitida. Os crimes consistem em homicídio consumado e tentado. Além disso, Ferreira tinha outros antecedentes criminais e não há possibilidade de fiança, no momento. Ele já espera os desdobramentos do processo no sistema carcerário.
No fim da tarde de ontem, Maria Aparecida Correa Barbosa, de 67 anos, uma das três vítimas do atropelamento, não resistiu e morreu em atendimento. Dione Trizzotto, de 43 anos, recebeu alta na noite de ontem. Nora de Maria Aparecida, Letícia de Medeiros de Andreaza, de 42, se recupera bem, conforme a Secretaria Municipal de Saúde. As duas mulheres haviam visitado um apartamento de Trizzotto, posto para alugar na rua João Alfredo. Quando os três saíam, foram atingidos pelo caminhão.
Caso
Ferreira atingiu os pedestres após subir na calçada e colidir com um prédio, um poste e outros cinco carros estacionados – dois modelos Gol, uma Tucson, uma Duster e um HB20. Em depoimento, o condutor disse que havia pego o caminhão da transportadora para voltar para casa, e que os freios do veículo falharam. De acordo com o delegado Cassiano Cabral, o proprietário, no entanto, desmentiu essa versão, dizendo que o funcionário não tinha autorização para isso. Em um primeiro depoimento, o dono da Max Express, Max Solon Machado, disse que o condutor era diarista na empresa. Com a alegação de problemas mecânicos, o veículo vai ser periciado.